Governador sanciona Marcha da Resistência do Cavalo Crioulo como interesse cultural

Governador sanciona Marcha da Resistência do Cavalo Crioulo como interesse cultural

Prova equestre ingressa no calendário oficial de eventos do Estado, a partir desta quinta-feira

A partir desta quinta-feira, 27 de junho, a Marcha da Resistência estará oficialmente no calendário oficial de eventos do Rio Grande do Sul. O projeto de lei, de autoria do deputado Sérgio Turra (PP), foi sancionado nesta quarta-feira, 26 de junho, pelo governador do Estado, Eduardo Leite, no Palácio Piratini. O evento equestre é organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).

Com a publicação no Diário Oficial, a Marcha de Resistência de Jaguarão e a Marcha de Integração da ABCCC também passam a ser reconhecidas como interesse cultural do Rio Grande do Sul. Para o presidente da instituição, Francisco Fleck, a aprovação vai ao encontro do reconhecimento que já ocorre na sociedade gaúcha. “Estamos muito felizes, isso demonstra o valor cultural que tem a raça Crioula, um cavalo que foi forjado, naturalmente, há mais de 100 anos e tornou-se um patrimônio do Estado”, comemorou.

No discurso do evento, o governador do Rio Grande do Sul destacou a importância de iniciativas parlamentares que ajudem as regiões do Estado. “Estamos aqui oferecendo aos municípios a condição de serem interesse cultural, a possibilidade de se integrarem ao calendário oficial do Estado. Estamos ajudando-os a se consolidarem como uma marca, um selo reconhecido que dá suporte a conseguir patrocínios e a unir uma comunidade em torno de uma vocação local, que pode ter ainda maiores benefícios econômicos, como é o caso da prova da Marcha da Resistência”, declarou.

A Marcha da Resistência é a prova reconhecidamente mais antiga realizada pela raça Crioula. Inspirado nas lidas campeiras das estâncias, o teste consiste em percorrer 750 quilômetros, divididos em três fases, durante 15 dias. Através dos resultados obtidos, é possível qualificar a resistência e a capacidade de recuperação do animal. A manutenção durante a prova é rígida. Quando os cavalos são colocados para realizar a prova, seus donos não são mais responsáveis pelo animal – os veterinários se tornam os encarregados de manter o bem-estar físico e mental dos exemplares.

Foto: AgroEffective/Divulgação

Texto: Larissa Mamouna e Andréia Odriozola/AgroEffective