A polêmica que se estende há quase um ano sobre o comando da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) chegou ao fim na última quinta-feira (04/11).
Na data, o desembargador César Cury, da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, indeferiu o recurso da CBH, confirmando assim a decisão em primeira instância de nulidade da eleição realizada em 29 de janeiro e a deposição da atual diretoria. Com isso, a entidade deverá realizar novas eleições dentro do prazo estatutário de 45 dias.
A Revista Hipismo, parceira do movimento desde o início, conversou sobre o assunto com Fernando Sperb (Fefo), que na época participou da eleição como candidato à vice-presidente da chapa “CBH Forte e Ativa”, juntamente com a candidata à presidente Bárbara Laffranchi.
Na opinião dele, a decisão veio em momento bastante oportuno. “Realmente veio em um momento muito importante. Foi proferida rapidamente. Acho que para apaziguar o quanto antes o hipismo brasileiro. O pedido de efeito suspensivo, o pedido liminar, foi protocolado na sexta-feira (01/11), e, hoje, quinta-feira (04/11), o desembargador já proferiu a decisão”, ressaltou.
Para Fefo, o lado positivo da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é que, agora, a questão vai ser solucionada. “Acredito que agora nós tenhamos uma eleição realmente tranquila. Conversei com algumas pessoas da chapa de situação para que cheguemos a um consenso, um acordo, para termos uma situação realmente confortável, para que todos façam força para evitar brigas e uma maior discórdia no hipismo brasileiro. Foi muito bem recebida essa conversa, foi muito boa. Os dois grupos estão conversando para que haja uma eleição justa, democrática e que a maioria vença sem nenhum tipo de manobra, de forma muito harmoniosa, sem mais brigas, para que o hipismo saia ganhando acima de tudo”, afirmou.
A batalha judicial pelo comando da CBH já dura desde o ano passado, quando as duas chapas – “Hipismo para Todos” e “CBH Forte e Ativa” – contestaram com sucesso o registro uma da outra, e não houve candidatos na primeira eleição. Uma nova eleição foi marcada para 29 de janeiro, quando foram realizados dois turnos de votação.
O grupo de situação, que comandava a CBH com Ronaldo Bittencourt, conseguiu que eleitores de oposição fossem declarados inaptos a votar. Em protesto, a chapa “CBH Forte e Ativa”, que ganharia a eleição se todos os votos fossem computados, deixou a sala onde ocorria a assembleia e realizou outra, no corredor do mesmo hotel, elegendo Bárbara Laffranchi presidente da CBH.
Bittencourt deu posse a Kiko Mari, seu aliado. No mês de agosto, no entanto, ele renunciou ao cargo, deixando João Loyo ocupando a cadeira de presidente da CBH. De lá pra cá, a briga na Justiça vinha se estendo, com várias liminares para os dois lados. Agora, com nova eleição marcada, parece que a situação terá, enfim, um final feliz para o hipismo brasileiro.