De cavaleiro a proprietário de uma das mais bem-sucedidas leiloeiras de cavalos do país

De cavaleiro a proprietário de uma das mais bem-sucedidas leiloeiras de cavalos do país
Xande Ramos com a filha, Lara Ramos, que é apaixonada elo hipismo.

Alexandre Ramos, da XR Leilões, fala sobre sua trajetória e dos projetos para a comercialização de cavalos BH

A paixão pelos cavalos começou na infância e, com o tempo, o hobby de montar se tornou profissão. Foram muitas disputas e vários títulos de destaque como competidor. Até que, em 2014, Alexandre Ramos decidiu trocar a montaria pela venda de cavalos online. E o negócio deu certo! Hoje, ele comanda uma das mais bem-sucedidas leiloeiras de cavalos do país: a XR Leilões. Com o negócio estabelecido na raça Quarto de Milha, agora, Xande Ramos, como é mais conhecido no meio equestre, se prepara para comercializar cavalos Brasileiros de Hipismo. Acompanhe, na entrevista a seguir, todos os detalhes de sua trajetória e dos novo projeto comercial.

Conte-nos como você começou no mundo dos cavalos. Essa é uma paixão que vem de família?

“Na verdade, não. Eu gostava de cavalos e meu pai me incentivou, me ajudando como pôde. E eu comecei no mundo do cavalo ainda criança. Desde os 4 ou 5 anos, quando eu ia para Campos do Jordão, já montava. Naquela época, se alugava cavalos para passeio. Mais tarde, aos 12 anos, vendi a minha mobilete, comprei o meu primeiro cavalo e nunca mais parei de montar.”

Quais os principais títulos que você conquistou ao longo de sua trajetória como competidor?

“Fui Campeão Nacional na ANCR e na ABQM. Também fui Campeão do Derby, Campeão do Super Steaks, Campeão do Haras Dan, do Haras Sacramento. Além disso, fui três vezes Campeão do Potro do Futuro ANCR, duas vezes Campeão Potro do Futuro ABQM, Campeão do Potro do Futuro ABCPaint. Conquistei também o 6º lugar nos Jogos Equestres Mundiais na Espanha. Além de alguns outros títulos que não me lembro.”

Xande Ramos disputando prova na modalidade de Rédeas

Por que resolveu investir na venda de cavalos online?

“Eu estava morando nos EUA e o meu projeto era ficar lá. Porém, as coisas não deram certo. Minha mulher não pode se mudar pra lá. Então eu resolvi voltar para o Brasil e decidi que eu não iria mais treinar profissionalmente aqui. E não sei falar exatamente o motivo, só pensei em montar a leiloeira em um formato diferente, online.”

Como foi a sua transição de treinador para dono de leiloeira?

Não foi fácil, e até hoje não é. Fiquei de 1992 a 2014 trabalhando ao ar livre. Em 2014 eu me tranquei em uma sala para fazer leilão. Posso dizer que foi uma mudança radical: treinar cavalos por muito tempo e depois se trancar no escritório, no ar condicionado. Mas não me arrependo. As coisas estão indo muito bem. Gosto do que faço, só é diferente. E eu nunca parei de montar a cavalo. Ainda monto nas horas vagas.”

Em todo esse tempo comercializando cavalos, teve alguma história que se destacou e que você pode dividir com a gente

“Não me lembro de nenhuma história em particular. Cada leilão é uma história nova. Desde que eu comecei, em 2014, foram mais de 3.500 cavalos. Então é bastante coisa, e elas acontecem rápido. Tem várias situações que acontecem, mas nenhuma em especial que me lembre agora.”

Com quais raças a XR Leilões está trabalhando atualmente?

“A XR Leilões é uma empresa leiloeira especializada em leilões online e virtuais, mas o nosso maior foco tem sido os leilões online. Então, estou aberto a todas as raças. Mas eu cresci no meio do Quarto de Milha e um pouco de Paint Horse. Por isso, talvez, nesses anos comercializando cavalos, foquei mais no Quarto de Milha, que tem sido, aliás, minha principal clientela, e também um pouco de Paint.”

Fale um pouco sobre a entrada no Brasileiro de Hipismo.

“Estou com pé no Brasileiro de Hipismo por conta da minha filha. Ela gosta de hipismo, de salto. Então, ela faz aulas de equitação em Bauru (SP), já competiu em duas ou três provas e está cada vez mais apaixonada. Então, estou tentando unir o útil ao agradável. Sei que o hipismo é muito organizado e os envolvidos têm um nível muito bom. É um mercado a mais para explorar. Eu vejo no hipismo uma modalidade com força muito grande de comércio.”