Turismo e cavalos são duas paixões que andam lado a lado. É o que prova o relato que recebemos do paulista Luiz Marques. Ele é um apaixonado por cavalos e viajou até Oklahoma no ano passado (2019) com sua família, vivenciando de perto a cultura norte-americana, bem como sua outra paixão: o cavalo. O local escolhido foi o Alpha Private Equestrian Club, um empreendimento que também engloba o turismo e, melhor, respira a “cultura western”.
O Alpha Private Equestrian Club é um empreendimento do Alpha Quarter Horses e está instalado em Purcell, no estado norte-americano de Oklahoma e apresenta-se como um destino de viagem superdiferenciado para o público que gosta de cavalos de um modo em geral.
Confira no relato abaixo um pouco da história de Luiz com o mundo do cavalo e como ele conheceu o empreendimento.
“No início de 2014, fui apresentado a um cavalo da modalidade de Rédeas. Foi amor à primeira vista. Já no final daquele ano, minha curiosidade de conhecer os melhores do mundo me levou pela primeira vez para o principal evento de Rédeas do mundo, em Oklahoma City, o Futurity NRHA.
Depois de dias maravilhosos em um recinto que respira a modalidade, assistimos à Final da categoria Aberta (profissional), a mais esperada. Para minha surpresa, lá estava um grupo de brasileiros que entusiasticamente aplaudia um competidor de nacionalidade uruguaia e que montava um cavalo de propriedade de um brasileiro. O cavalo era Wimpy Chic (Quarto de Milha), o proprietário chamava-se Thales Bordignon e o cavaleiro era Gabriel Diano.
Nos anos seguintes segui competindo no Brasil e indo ao Futurity, fazendo novas amizades, conhecendo ranchos, garanhões, matrizes, mais brasileiros, mais estrangeiros e vislumbrando o sonho de um dia poder correr, mesmo que uma única vez, sob o teto do Colliseum, a arena onde são realizadas as provas mais disputadas do mundo equestre.
Após 4 anos de encontros fortuitos com Gabriel Diano durante provas nos EUA, fui finalmente conhecer o rancho onde Gabriel Diano possui seu centro de treinamento (Alpha Quarter Horses), rever Wimp Chic e toda a infraestrutura oferecida.
Como não haveria de ser diferente, fiquei encantando com o que vi nos animais, cocheiras, tratamento dos cavalos, qualidade das matrizes, mas mais do que isto, com a hospitalidade e a disponibilidade tanto do Gabriel quanto da Niki (Dra. Maria Inês Allgayer – Médica Veterinária e esposa de Gabriel) em nos mostrar cada detalhe, satisfazer cada curiosidade em um churrasco Open House (ainda acho o meu [churrasco] melhor do que do Gabriel [risos]) regado de cerveja gelada e um excelente papo.
Niki, sempre muito falante e extrovertida, apresentou-nos a ideia de disponibilizar uma das casas da propriedade para receber não só a nós, amantes dos cavalos, mas as nossas famílias que passariam a “viver” em um rancho nos EUA por 15 ou 20 dias. Voltei bem encantado com a ideia. Poder ficar no “meu” rancho, com minha família, seria o máximo.
No decorrer de 2019, trabalhei o tema com Adriana, minha esposa, e decidimos fazer esta experiência por duas semanas inteiras. Passar os dias de botas, chapéu, falando português, inglês, espanhol (ali fala-se todas as línguas para atender o cliente) e ainda montando. Sonho para pai e filhos.
Em setembro, desembarcamos com tudo absolutamente organizado. Niki ligada no “330” nos encheu de perguntas de interesses nas semanas anteriores e, quando chegamos, mal podíamos acreditar que os desejos de todos da família haviam sido atendidos. E mais: casa impecável, muito arrumada e conforto ímpar. Geladeira e dispensa cheios deram a sensação de ser de fato nossa casa, claro, sem falar nas fotos de família [nossas] que estavam espalhadas pelos espaços.
Logo no primeiro dia, jantamos um arroz e feijão deliciosos que estavam a nossa espera nos EUA, pode? É mimar demais… [risos]
Na manhã do dia seguinte, Gabriel nos chamou para conhecer os animais novos, a estrutura que havia sido ampliada e reformada, as matrizes e, é claro, dar um “oi” para o Wimpy Chic. Já no dia seguinte, comecei a montar e iniciamos nosso “intensivão”. Cavalos muito bem treinados e de fácil condução, ou seja, o paraíso. A didática e forma de orientar do Gabriel me deixaram seguro e, em poucos dias, notei boa evolução. Para nós, brasileiros, que montamos normalmente filhos de filhos de garanhões reconhecidos, poder montar cavalos de linhagem tão forte é de fato um privilégio. Imaginem o nome do seu garanhão predileto e lá estava um potro para poder ver e conhecer suas qualidades e habilidades e, claro, em matrizes de altíssima produção e linhagem.
Com os passar dos dias, montei em alguns potros ainda Pré-Futurity para ‘sentir’ a solidez que cada etapa exige do programa de treinamento da equipe GD. Uma experiência ímpar.
Montar não se restringiu somente a mim. Luiza e Antonio, orientados pelo Yuri (paciência infinita com potros e crianças [risos]), fizeram aulas diariamente. Sempre cercados de segurança e montando animais mansos. As aulas eram regadas de ‘artes’ e muitas risadas. Eles amaram a experiência e seguem pedindo para repetirmos a viagem.
Niki nos cercou de cuidados e, por outro lado, nos deu total liberdade. Foram muitos churrascos no espaço Alpha (que merecem uma matéria à parte), almoços, jantares, idas a outros ranchos, leilões e sempre conhecendo pessoas maravilhosas no mundo do cavalo.
Não faltaram programas fora do rancho. Rodamos por Oklahoma para compras, almoços, jantares e passeios, buscando atender os interesses de toda a nossa família.
Uma experiência que certamente repetiremos em 2020.”