Encontro ocorrido nesta segunda-feira (21/12) debateu os principais desafios do setor de equídeos. IBEqui também agradeceu ao atual presidente da Câmara, José Carlos Pires, pelo empenho durante o período em que comandou o colegiado.
O presidente da Câmara Setorial de Equideocultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Carlos Pires, e o futuro presidente do órgão, Fabrício Buffalo, se reuniram, nesta segunda-feira (21/12), com o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui), Manuel Rossitto, para tratar dos principais desafios do setor no próximo ano.
Em encontro realizado em São Paulo, Rossitto agradeceu ao atual presidente, José Carlos Pires, pelo esforço empenhado em prol de temas relevantes para criadores de equídeos durante todo o período em que presidiu a Câmara Setorial de Equídeos do MAPA e também falou para Fabrício Buffalo, que assume o comando do colegiado a partir do ano que vem, sobre as propostas do IBEqui voltadas à melhoria da equideocultura no País, os principais desafios, bem como as melhorias consideradas necessárias para aprimorar o processo de trânsito de animais.
Apresentou a proposta de mudança na redação do artigo 13 da Instrução Normativa do MAPA, de 06 de 16 de janeiro de 2018, que trata do protocolo e diagnóstico do Mormo no Brasil. Atualmente, a regra vigente estabelece que todo animal que será transportado, seja por via terrestre, aérea ou aquática, precisa apresentar a GTA (Guia de Transporte Animal) com testes negativos para mormo e anemia (validade 60 dias).
Nos casos em que o animal testar positivo para Mormo, a instrução do MAPA prevê uma série de procedimentos que precisam ser adotados, como a realização de um novo exame (contraprova), que é feito no mesmo laboratório que detectou a doença inicialmente, a partir da mesma amostra. Se a contraprova der o mesmo resultado, o criador tem direito a fazer um “reteste”, que será um novo exame realizado a partir de nova amostra colhida pelo serviço veterinário oficial. Atualmente apenas um laboratório no país é autorizado a realizar esse “reteste” final, sendo que o mesmo é o único fabricante dos kits utilizados no diagnóstico para o Mormo e outras doenças que afligem os equinos. Caso o resultado do reteste persista no positivo para Mormo, o animal é submetido a eutanásia.
O IBEqui em ofício enviado à Câmara Setorial de Equideocultura do MAPA sugere mudança na redação para dar mais segurança ao processo – com a inclusão de laboratórios internacionais referenciados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na fase de reteste – diminuindo também o problema da judicialização, uma vez que muitos criadores acabam recorrendo à Justiça. A proposta do IBEqui também tem como objetivo evitar o sacrífico desnecessário de animais com eventuais resultados falso positivo.
Assim, seria considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar pelo menos uma das seguintes condições: a) resultado positivo no teste laboratorial complementar (contra-prova) realizado por laboratório internacional (Alemanha, Dubai ou Estados Unidos), através do emprego metodológico da técnica Westing Blooting; e b) detecção da bactéria Burkholderia mallei por meio de método microbiológico ou molecular.
A sugestão do IBEqui será analisada pela Câmara Setorial do MAPA e debatidas na próxima reunião extraordinária.